COTIDIANO

Covas lança concessão do Pacaembu por R$ 37 mi e libera naming rights

Estádio municipal de São Paulo será concedido à iniciativa privada por 35 anos e Prefeitura estima R$ 400 milhões em benefícios, como investimentos, desoneração e impostos

Publicado às 9h30

Estadão

Com aval para a venda do naming rights (direito de exploração comercial do nome), a gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) lança nesta quarta-feira, 16, o edital de concessão do Estádio do Pacaembu, na região central de São Paulo, por 35 anos. A concorrência será internacional e terá lance mínimo de R$ 36,8 milhões.

A previsão é de que o contrato seja assinado até agosto e garanta cerca de R$ 400 milhões em benefícios para a cidade durante a concessão, incluindo os investimentos do futuro concessionário (R$ 200 milhões), a desoneração (custos de manutenção que deixarão de ser da Prefeitura), e o aumento da receita com o Imposto Sobre Serviços (ISS). No ano passado, segundo a Prefeitura, o estádio deu prejuízo de R$ 6 milhões.

De acordo com o edital, o futuro dono do estádio poderá negociar o naming rights do local com uma outra empresa, assim como a construtora WTorre fez com a seguradora Allianz no estádio do Palmeiras, mas desde que a palavra Pacaembu seja mantida no novo nome, como ocorreu na Itaipava Arena Fonte Nova, estádio concedido na Bahia. A receita do negócio ficará integralmente com o concessionário. O nome oficial do estádio, contudo, continuará sendo Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho.

O vencedor da licitação deverá pagar R$ 2 milhões à vista para a Prefeitura, depois terá carência de três anos para fazer os investimentos antes de começar a pagar a outorga (valor da concessão) em parcelas anuais por dez anos. Entre as intervenções exigidas pela Prefeitura estão a instalação de novos sistemas elétrico, hidráulico e de iluminação, construção de novos banheiros, reforma de vestiários e lanchonetes e instalação de cadeiras nas arquibancadas.

A concessionária também será obrigada a manter o centro poliesportivo do Pacaembu, que hoje é usado gratuitamente por moradores da região, e deverá ceder o espaço sem custos para a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer realizar atividades esportivas públicas conforme um calendário prévio que será definido no início da cada ano pela Prefeitura. O edital prevê que o concessionário ficará isento de pagar IPTU sobre a área concedida, isenção concedida pela Prefeitura a outros clubes da capital.

Show e tobogã  no Pacaembu

A concessão do Pacaembu foi o primeiro projeto de privatização do ex-prefeito João Doria (PSDB) aprovado na Câmara Municipal, em agosto do ano passado. A lei sancionada pelo tucano permite que o local receba não somente jogos de futebol e ou de outras modalidades, mas também shows, desde que seja respeitado o limite de ruído determinado por uma liminar concedida pela Justiça em 2014 à Associação Viva Pacaembu, que representa moradores do bairro.

Inaugurado em 1940, o Pacaembu foi tombado na década de 1980 como patrimônio histórico e arquitetônico pelos conselhos de preservação municipal (Conpresp) e estadual (Condephaat). Embora o projeto de reforma do estádio deva ser aprovado pelos conselheiros dos dois órgãos, ambos já admitiram no ano passado a demolição do tobogã, pedaço de arquibancada construído na década de 1970, e a instalação de cobertura nas arquibancadas e no campo, desde que não desconfigure a fachada do estádio.

Desde o início do processo de concessão na Secretaria Municipal de Desestatização e Parcerias, cinco consórcios demonstraram interesse no estádio municipal, mas apenas um projeto, ligado à empresa do ex-jogador e dirigente são-paulino Raí, teve as diretrizes aprovadas pelo Conpresp e pelo Condephaat. A proposta do consórcio Novo Pacaembu prevê a construção de dois prédios com restaurantes, escritórios e hotel na área hoje ocupada pelo tobogã, a cobertura das arquibancadas centrais, uma praça pública e a inserção de uma nova concha acústica para eventos.

Folha Noroeste

Somos o maior prestador da região Noroeste, com mais de 100 mil exemplares impressos a Folha do Noroeste tem se destacado pelo seu comprometimento com a Noticia e tem ajudado a milhares de pessoas a divulgar os problemas do cotidiano de nosso bairro.

Adicione Comentário

Clique aqui para postar um comentário

Instagram

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .

Video

Uniquely strategize progressive markets rather than frictionless manufactured products. Collaboratively engineer reliable.

Flickr

  • Coco
  • Orchid
  • Anne Robbins (Kuratorin der Austellung "Paris 1874 Inventer l'Impressionnisme" Musée d'Orsay, Paris)
  • Label
  • Outside
  • Balcony
  • Julien Quentin (piano) & Yamen Saadi (violon) playing Gabriel Fauré
  • Anne Robbins (Kuratorin der Austellung "Paris 1874 Inventer l'Impressionnisme" Musée d'Orsay, Paris)
  • Bird of Paradise