COTIDIANO

Metrô de São Paulo fecha década com extensão 47% maior do que em 2010

Publicado em 28/12/2020 às 10h30

Por Metrô CPTM

Expansão nos últimos 10 anos foi de quase 33 km, maior crescimento da história, e que levou as seis linhas a atingirem uma extensão total de 101,4 km

São Paulo ainda está muitos quilômetros aquém de uma rede metroferroviária adequada para as necessidades da região metropolitana, mas pela primeira vez em sua história o Metrô conseguiu fechar uma década com um crescimento expressivo em suas linhas. Entre 2011 e 2020 foram adicionados 32,5 km em três ramais, levando as seis linhas a atingirem 101,4 km, segundo dados da companhia.

Trata-se de uma expansão de quase 50% (47,2% para ser preciso) em relação aos 69 km existentes dez anos atrás, e mais do que o dobro de 2000, quando a capital paulista possuía somente 49 km, divididos em apenas três linhas (Linha 1-Azul, Linha 2-Verde e Linha 3-Vermelha).

O acréscimo de linhas e estações superou com ampla margem as décadas de 70 (quando o Metrô estreou a partir de 1974), 80 e os anos 2000, quando houve uma expansão de pouco menos de 20 km em média. A pior fase da história metroviária paulista ocorreu na década de 90, com ampliação de apenas 10,5 km.

Três de cada quatro km adicionados nos últimos anos envolveram as linhas 5-Lilás e 15-Prata, esta a primeira de monotrilho em São Paulo. O restante (7,7 km) foi obtido com a expansão da Linha 4-Amarela, que havia sido inaugurada em 2010, portanto, no final da década passada.

Mas o crescimento da rede sobre trilhos não ocorreu de forma regular. Por conta de vários problemas, as obras dessas linhas acabaram atrasando e sendo abertas apenas nos últimos anos. A Linha 4, por exemplo, encerrou a fase 1 em 2011, chegando a quase 9 km de extensão e seis estações. Já a fase seguinte, com cinco outras estações, se arrasta por vários anos: a primeira dessas novas paradas foi aberta em 2014 (Fradique Coutinho) enquanto outras três (Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e São Paulo-Morumbi) só foram concluídas entre 2017 e 2018. Resta ainda Vila Sônia, antes prevista para 2020, mas que não ficou pronta a tempo.

A Linha 5-Lilás, aberta em sua forma original em 2002, teve sua extensão até Chácara Klabin prometida em 2013, 2014, 2015 e 2016, mas só chegou ao seu destino final em 2018. Nesse meio tempo, uma estação foi inaugurada em 2014 (Adolfo Pinheiro) e outras três em 2017 (Alto da Boa Vista, Borga Gato e Brooklin).

Por fim, a Linha 15-Prata, cuja proposta visava justamente acelerar o ritmo de construção por conta do modal mais ágil do monotrilho, mostrou-se mais complexa do que o imaginado, além de sofrer com erros de planejamento. Embora o primeiro trecho tenha sido inaugurado em 2014, funcionou de forma precária por muito tempo. Apenas em 2018, passou a contar com outras cinco estações e chegou até São Mateus no ano passado. Mas até hoje opera abaixo da capacidade prometida.

Poderia ter sido melhor

A despeito desses problemas, fato é que investir no transporte coletivo sobre trilhos tem se mostrado a decisão certa. Até antes do advento da pandemia, as seis linhas metroviárias apresentavam forte demanda enquanto as três mais novas cresciam de forma constante, atraindo mais passageiros graças ao impacto positivo trazido pela oferta de uma viagem mais veloz, confortável e segura.

Mas poderia ter sido ainda melhor. Não fossem equívocos das gestões passadas (além da crise econômica dos últimos anos) e São Paulo poderia ter inaugurado muito mais. As linhas 17-Ouro, 2-Verde e 6-Laranja, além da extensão da Linha 15-Prata até Cidade Tiradentes, poderiam ter sido abertas não fossem as eternas dificuldades da gestão de obras públicas no Brasil.

O monotrilho da Zona Sul de São Paulo já poderia ter sido aberto há alguns anos, a Linha 2-Verde já teria chegado à Penha se houvesse recebido a ordem de serviço em 2014 (desde que existissem recursos financeiros para isso, é claro) e a Linha 6-Laranja tinha como meta a inauguração dos seus 15 km justamente em maio de 2020. Seriam mais de 30 km acrescidos à rede, algo fantástico, mas que ficou para a próxima década, infelizmente.

Folha Noroeste

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