ENTRETENIMENTO/ESPORTES

Diogo Vilela, Tarcísio Meira e Cassio Scapin estrelam peças em São Paulo; confira a programação

Publicado em 23/01, às 9h20

Por Gabriel Cabral

O ano de 2020 começou quente no cenário artístico paulistano. Diogo Vilela, Bia Nunnes, Carolina Gonzalez e Paulo Trajano estreiam nesta quinta-feira, 23, no Teatro Vivo, na região sul da capital, a peça “A Verdade”. Também já estreou em São Paulo “O Camareiro”, montagem que traz Tarcísio Meira e Cassio Scapin ao Teatro Faap, na região do Higienópolis.

A verdade

A peça com Diogo Vilela traz uma envolvente comédia que fala sobre as dinâmicas das relações pessoais e, em particular, da vida conjugal. Em cena estão dois casais que vão se revelando nas pequenas hipocrisias, inverdades e omissões do cotidiano.

“A Verdade” é uma premiada peça que já passou por países como França, Alemanha, Índia e Coreia do Sul. Em 2017, a montagem criada em Londres, na Inglaterra, recebeu indicação na categoria Melhor Comédia do Laurence  Olivier Awards, que representa o maior prêmio do teatro britânico.

A encenação chega pela primeira vez ao Brasil e já passou por cidades como Rio de Janeiro (RJ), Uberlândia (MG), e Marília, Piracicaba, Bauru, Botucatu e Lençóis Paulista (no interior de SP). Na capital, “A Verdade” fica em cartaz por dois meses, até 28 de março.

Foto: Dalton Valério/Divulgação.

“O que me fascina na peça é o jogo que o texto propõe. Todas as viradas. Sobretudo no personagem do Diogo. Culminando com a grande virada na última cena. O texto é todo tempo inesperado. Vem dessa tradição da comédia francesa, como o Vaudeville e o Boulevard, com uma pitada das peças de Harold Pinter. O que nos oferece uma mistura extremamente saborosa. O autor é muito hábil na armação desses quiproquós”, afirma Marcus Alvisi, diretor da peça, que também conta que não foi preciso adaptar o texto à realidade brasileira, mesmo sendo de um autor francês.

Foto: Dalton Valério/Divulgação.

“Não houve adaptação. A tradução é sobremaneira fiel ao original francês. Aliás, super bem traduzido por Silvio Albuquerque. A peça fala sobre as relações entre dois casais amigos. O sentimento, a emoção não difere quando o assunto é ciúmes, por exemplo. Você pode sentir de maneira mais aguda ou menos. Porém, ciúmes é igual para todos. Os jogos dessas relações também não são diferentes por estarmos no Brasil ou França. Aqui, na Itália, talvez possamos ser mais passionais. No entanto, não é uma diferença substantiva, quando estamos expostos numa relação amorosa. Seja no Brasil, na França, ou mesmo na China. Fato é que essa peça faz um grande sucesso em Pequim”, conclui.

Foto: Dalton Valério/Divulgação.

O ator Diogo Vilela também opina sobre a montagem. “Acho eu que, o francês, é uma língua que também nos colonizou. Temos proximidade nas visões sociais e no aspecto crítico à nossa burguesia, guardadas às devidas diferenças das nossas civilizações. Tudo que se fala na peça existe também em sua universalidade. É um texto pungente, que por fazer alusão franca aos nossos vícios sociais de comportamento, traz certa sensação de alívio a quem o assiste, como se oferecesse ao público um viés de esperança e alegria. E isso é muito bom de notar e muito compensador para todos nós que fazemos o espetáculo”, conta.

O Camareiro

Já “O Camareiro”, com os grandes atores Tarcísio Meira e Cassio Scapin, traz a história, que se passa durante a Segunda Guerra Mundial, na Inglaterra, de um ator de teatro à beira de um colapso nervoso. Ele luta no limite de suas forças para interpretar mais uma vez o Rei Lear, de Shakespeare. Mesmo senil e com sua saúde debilitada, o “Sir”, como é chamado por todos, lidera com tirania sua companhia, que começa a desmoronar.

Foto Priscila Prade, Divulgação,

O ator ainda conta com Norman, seu dedicado camareiro, que desdobra-se para atender às exigências de seu patrão, cuida de sua saúde e tenta ajudá-lo a lembrar suas falas, já que o senhor encontra-se confuso e desorientado. A dedicação e o esforço de Norman, que faz qualquer coisa para este homem que ele aprendeu a amar e respeitar, mostra que existe uma forte ligação entre eles e que ambos, ator e camareiro, são servidores de algo maior que eles mesmos: o teatro.

O texto é do autor britânico Ronald Harwood, que foi capaz de criar uma metáfora sobre a dificuldade de se fazer escolhas, sobre continuar ou desistir, cumprir sua missão ou desertar. Fala sobre dedicação, devoção, paixão e mostra o avesso do teatro, seus bastidores e sua intimidade.


A Verdade
  • Quando: de 23 de janeiro a 28 de março. Sextas (às 20h), sábados (às 21h) e domingos (às 18h);
  • Quanto: Sextas (R$80), sábados e domingos (R$90);
  • Onde: Teatro Vivo. Avenida Dr. Chucri Zaidan, 2460 –  Morumbi.
O Camareiro
  • Quando: até 2 de fevereiro. Sextas (às 21h), sábados (às 21h) e domingos (às 18h);
  • Quanto: R$100 e R$120;
  • Onde: Teatro Faap. Rua Alagoas, 903 – Higienópolis.

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