Publicado em 17/10, às 12h30
Por Priscila Perez
Casos recentes de violência como o da menina de nove anos que foi morta no Parque Anhanguera e do rapaz que foi encontrado morto próximo ao Parque Rodrigo de Gásperi, ambos na zona noroeste, suscitam medo na população.
Não à toa, a Folha Noroeste recebe invariavelmente reclamações sobre locais inseguros, que necessitam de atenção do poder público. Muitos leitores, inclusive, denunciam o abandono de parques e praças públicas – transformados em pontos de violência e drogas. O reflexo dessa violência é real entre a população, tanto que foi mensurado pela pesquisa “Viver em São Paulo: Crianças e Adolescentes”, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope Inteligência. Entre os moradores da zona norte, 94% acreditam que os parques e as praças públicas da capital são “pouco ou nada seguros” para crianças e adolescentes.
Mas essa sensação de insegurança não se limita à nossa região. Para 89% dos paulistanos, essas áreas são realmente inseguras para a garotada. Espaços públicos como bibliotecas, quadras poliesportivas e centros culturais também são avaliados como inseguros. O medo ainda é maior entre os paulistanos com filhos pequenos ou adolescentes: 91% consideram esses espaços “pouco ou nada seguros”. A mesma sensação de insegurança se aplica aos Centros de Educação Unificada (CEUs) para 64% dos entrevistados. “As pessoas deixam de ir aos locais muitas vezes por problemas de conservação, iluminação, policiamento etc.”, explica o coordenador geral da rede, Jorge Abraão.
Em reposta, a Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente destacou que todos os parques da cidade possuem vigilância 24 horas e apoio da Guarda Civil Metropolitana, que realiza rondas no entorno dos equipamentos municipais.
Sobre a pesquisa
Foram entrevistados 800 moradores com mais de 16 anos, entre os dias 3 e 19 de agosto.
Adicione Comentário