REGIONAL

Mortalidade infantil na Freguesia, Brasilândia, São Domingos e Jaraguá é quase 10 vezes maior que na Vila Leopoldina

Apesar dos dados preocupantes, taxa geral caiu no estado de São Paulo nos últimos 25 anos

Publicado às 12h

Por Gabriel Cabral

A Rede Nossa São Paulo divulgou na última terça-feira, 5, o Mapa da Primeira Infância com dados atualizados deste ano. Entre as informações há o “Desigualtômetro”, que mede quantas vezes o distrito com classificação mais baixa está pior do que aquele com a classificação mais alta. No caso da Mortalidade Infantil, por exemplo, o medidor concluiu que, na Sé, no centro da cidade, o número de óbitos infantis em crianças menores de um ano, para cada mil nascidas vivas da mesma idade, período e região, é 20,97 maior que em Perdizes, área nobre da zona oeste. O número de óbitos infantis, de acordo com as regras já mencionadas acima, de bairros como Freguesia do Ó (16,56), São Domingos (15,92), Brasilândia (14,96) e Jaraguá (14,13) é quase 10 vezes maior que o número de casos registrados na Vila Leopoldina (1,69).

Entre outros bairros da região que também apresentaram poucos casos, vale citar Pinheiros (3,12), Jaguara (3,51) e Lapa (3,95). Com quantidade média estão a Barra Funda (7,71), Pirituba (9,4), Cachoeirinha (10,29) e Anhanguera (10,61).

A Freguesia do Ó foi o bairro da região que mais registrou óbitos infantis nos últimos tempos, segundo a pesquisa, entretanto, na frente dele, em toda a cidade, ainda há bairros como Lajeado (16,77), Marsilac (16,95), Artur Alvim (18,06) e Sé (21,83). Entre os casos com menor registro, apenas ganha de Perdizes o bairro Jardim Paulista, com nenhum caso registrado.

O cálculo da pesquisa teve como base o número total de óbitos de crianças com menos de um ano de idade dividido pelo número total de nascidos vivos daquele bairro.

Jorge Abrahão, coordenador-geral da Rede Nossa São Paulo, explica que o centro de São Paulo tem uma densidade muito grande de pessoas e não consegue ter uma estrutura para atender tal necessidade. “Mostramos o ‘deigualtômetro’ não para que piore a situação de Perdizes, por exemplo, mas para que os outros recebam investimento adequado”, completou.

Fernanda Vidigal, da Fundação Van Leer no Brasil foi parceira no estudo e afirmou que é preciso lembrar que, no centro, há muitas crianças, drogas e também cortiços. Américo Sampaio, gestor de projetos da Rede Nossa São Paulo, acredita que os números da Sé podem estar superestimados. “A análise que a gente fez até agora pode ser duas questões centrais: primeiro há regiões precárias na região central da cidade, em especial cortiços, pessoas em situação de rua, imigrantes, então isso pode elevar os dados de mortalidade infantil para crianças de até um ano. Por outro lado, o distrito da Sé é uma região com baixa população, isso eleva, superestima o indicador. Quando você compara o distrito da Sé com outros distritos mais populosos, pode ser que em valores absolutos a Sé seja menor, mas em comparação com a população que mora na região o indicador é elevado”, disse.

Em entrevista ao portal G1, ele também ressaltou que o indicador serve de alerta para o setor público. “Com relação a mortalidade infantil, em especial, a Primeira Infância, basicamente a ação que o poder público tem que fazer diz respeito ao cuidado e a atenção. O que significa que as políticas de saúde são preponderantes nessa fase. Então, mortalidade infantil é sempre reflexo de uma péssima qualidade de atendimento no período do pré-natal. Isso deve chamar a atenção das autoridades que os cuidados de saúde com a gestantes deve estar deficitária”, declarou Américo O estudo também mostrou que São Paulo tem 7.913 crianças com até 5 anos desnutridas. _0,8276 do total.

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