SAÚDE

Entenda o que é a raiva, conheça sintomas e saiba o que fazer

Os registros são mais comuns em áreas rurais, o que não isenta o tutor em regiões urbanas de manter atualizada a carteirinha de vacinação do bichinho

Publicado às 9h

Folha de SP

raiva é doença letal, que atinge os mamíferos e que deve ser preocupação constante de tutores de cães e de gatos, mesmo que os casos já não sejam tão frequentes no Brasil.

Após o surgimento dos sintomas, não há cura para os animal. Em humanos, a letalidade é próxima a 100%. No Brasil, apenas dois pacientes sobreviveram.

A prevenção é a única forma de afastar a doença. Por isso, o controle depende da imunização de cada pet todos os anos, obrigatoriamente. Isso forma uma espécie de barreira que impede o surgimento de novos casos e consequente alastramento da raiva.

Os principais transmissores são morcegos, gambás e macacos, que contaminam cães, gatos e homens. Animais domésticos podem ser infectados, por exemplo, ao caçar um morcego ou brigar na rua com um bichinho doente. A transmissão ao homem ocorre por meio de mordidas, arranhões ou lambedura.

Os registros são mais comuns em áreas rurais, o que não isenta o tutor em regiões urbanas de manter atualizada a carteirinha de vacinação do bichinho. Inclusive porque o pet pode ser exposto ao risco durante um passeio ou porque o comprovante da imunização pode ser exigido em viagens e hotéis, por exemplo.

VACINA

A raiva foi problema de saúde pública por anos no país. Campanhas de vacinação de cães e gatos começaram a mudar esse quadro a partir dos anos 1980. No entanto, a preocupação persiste.

“O número de animais e pessoas infectadas no mundo diminuiu drasticamente devido ao aumento da conscientização sobre a importância da vacinação periódica”, diz Andrei Nascimento, veterinário e gerente de produtos da unidade Pet da MSD Saúde Animal.

A vacina é oferecida em clínicas particulares ou pelas prefeituras. Na cidade de São Paulo, a dose é aplicada em qualquer época do ano em postos fixos.

Devem ser imunizados animais sadios, a partir dos três meses. A dose deve ser reaplicada todos os anos, mesmo que não haja registro de casos da doença na região.

A vacina pode causar reações leves, como febre e dor no local da aplicação. Casos mais graves são raros.

Além da raiva, outras doenças graves,  como a cinomose, podem ser evitadas por meio de vacinas. Elas, no entanto, são aplicadas apenas em clínicas particulares.

SINTOMAS

A raiva é doença viral e afeta o sistema nervoso central.

O período de incubação varia entre alguns dias a vários meses. Os sintomas dependem do estágio da doença. Incluem mudança de comportamento, desorientação, convulsões, salivação excessiva.

Nos humanos, pode ocorrer febre, tontura, dor de cabeça, mal estar, formigamento, pontadas ou sensação de queimação no local da mordida. Com o avanço, provocará dificuldade para deglutir, desidratação, paralisia e convulsão até evoluir para coma e morte.

Segundo Andrei Nascimento, os animais não apresentam sintomas, em média, nas seis primeiras semanas após a contaminação.

O QUE FAZER

O tutor deve procurar imediata ajuda do veterinário caso flagre seu pet com um morcego, presencie ataque de animal desconhecido ou não vacinado ou perceba que seu bichinho tem ferimentos de causa não identificada. Mesmo que ele já seja vacinado, o profissional avaliará o tratamento preventiva contra a raiva, antes do possível surgimento dos sintomas.

É importante que o tutor também tenha cuidado. Caso encontre morcego em casa ou com o cão, nunca deve pegar diretamente com as mãos.

Se o morcego estiver vivo, a orientação é jogar um balde ou toalha sobre ele e procurar serviço especializado da prefeitura para remoção. Animais mortos também não devem ser tocados diretamente.

A busca por um médico deve ser urgente se a pessoa for atacada por morcego ou agredida por animais desconhecidos ou sem vacina.

Nesse caso, o ferimento deve ser lavado com água abundante e sabão. Na sequência, o profissional avaliará a profilaxia e definirá a necessidade de vacina ou soro.


CASOS NO BRASIL E NO MUNDO

Ásia e África lideram casos de raiva humana.

No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, foram registrados oito casos de raiva humana entre janeiro e julho deste ano, todos pela variante viral de morcego. Foram sete casos no Pará e um no Paraná, contraído em Ubatuba (SP). Todas as vítimas morreram.

Em 2017 foram seis casos, sendo cinco por agressões diretas por morcegos. Ocorreram no Amazonas (3), na Bahia (1), no Tocantins (1) e em Pernambuco (1). Do total, cinco morreram. Uma das pessoas contaminadas no Amazonas é a  segunda a sobreviver na história do Brasil.

A capital paulista não tem raiva humana desde 1981. O último registro de raiva animal é de 2011, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Na ocasião, uma gatinha foi contaminada por morcego em Moema.

Já no estado, os casos de raiva animal ainda são registrados: neste ano são dois cães e um gato doentes, de acordo com a Secretaria Estadual da Saúde.

Um dos cachorros morreu em Hortolândia. O bichinho, de dois anos e não vacinado, escapou de casa em maio e foi visto por vizinhos com um morcego na boca, diz a prefeitura. Os tutores notaram mudança de comportamento no fim de junho e, no dia 2 de julho, ele foi submetido à eutanásia. Exames comprovaram ser o primeiro registro de raiva na cidade.

Para marcar a importância de medidas preventivas no combate à doença, o Dia Mundial Contra a Raiva é lembrado em 28 de setembro. Dados da Organização Mundial da Saúde mostram que cerca de dois terços dos países ainda são afetados pela enfermidade.

MAIS DICAS

Além da vacinação dos animais de estimação, outras ações podem prevenir a raiva, segundo a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo:

– levar o animal para passear com coleira e guia, para evitar o contato com outros animais desconhecidos;

–  no caso de gatos, cuidar para que não saiam à noite para locais abertos, o que evita contato com morcegos;

– não mexer em cães e gatos desconhecidos e, assim, evitar mordidas ou arranhões;

– ao ser mordido ou arranhado por um cão ou gato, lave bem o local com água e sabão e procure orientação médica na unidade de saúde mais próxima.

Folha Noroeste

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