Publicado às 11h50
Por Cristina Braga
A luta da comunidade e de lideranças locais por um posto de saúde no Jardim Damasceno, na Brasilândia, ganha mais força. Após 37 anos de reivindicação e busca para encontrar um terreno que pudesse sediar a UBS
(Unidade Básica de Saúde), finalmente foi batido o martelo: será na Avenida Daniel Cerri, na altura do número
600, em terreno particular.
O bairro conta com uma população de 20 mil pessoas e faz divisa com os jardins Vista Alegre e Princesa, na região da Brasilândia. Os munícipes utilizam os serviços de saúde na UBS Silmarya Rejane Marcolino Souza, no Jardim Carombé. Os líderes comunitários Eugênio Luís Pinese, da Associação de Moradores “Damasceno Já”, e Quintino José Viana, do Movimento “Ousadia Popular”, analisam: “É uma UBS para atender 70 mil pessoas,
muita coisa”.
Pinese conta que formalizou uma denúncia no Ministério Público em agosto de 2016 requerendo a unidade de saúde, tendo em vista que não conseguia diálogo com o poder público. “No dia 4 de dezembro de 2016, o promotor Arthur Pinto Filho determinou que a Secretaria Municipal de Saúde construísse a UBS do Jardim Damasceno”, explicou.
O Ministério Público ficou aguardando a resposta da secretaria, que pediu prazo. “Encaminhamos diversos documentos para a Secretaria da Saúde indicando opções na região. A grande dificuldade é que 40% dos terrenos são invasões, e o prefeito Haddad queria que a área fosse da Prefeitura, assim como o seu sucessor, João Doria. Sem esta alternativa, agora aceitaram a nossa indicação de um terreno particular [que não está invadido], abrindo processo de desapropriação”, finaliza o líder comunitário do Jardim Damasceno.
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