Publicado em 28/04/2021 às 08h45
Por Redação/CNN Brasil
Coquetel de medicamentos teve o uso emergencial aprovado pela Anvisa; custo pode ser possível impedimento
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou em coletiva de imprensa nesta terça-feira (27) que o SUS vai avaliar uso do coquetel RegenCov no sistema público. No entanto, segundo Queiroga, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro para o uso emergencial do medicamento, mas não o registro definitivo.
“Essa medicação ainda não tem publicações na literatura especializada. Provavelmente, aconteça essa publicação em breve. Mesmo assim, submetemos à apreciação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia no SUS (Conitec) para que se veja o real impacto, o benefício e se temos condições logísticas de implementar esse tratamento no Brasil”, disse.
Para o ministro, se o tratamento se mostrar seguro, eficaz e couber no orçamento, será disponibilizado para toda a população brasileira por meio do SUS.
Na última terça-feira (20), a Anvisa aprovou o uso emergencial, em caráter experimental, do coquetel contra a Covid-19 composto por casirivimabe e imdevimabe – dois remédios experimentais já utilizados nos Estados Unidos, que a farmacêutica Roche pediu autorização para uso emergencial no Brasil.
Os remédios são uma combinação de dois anticorpos monoclonais que têm como alvo a proteína espicular S do SARS-CoV-2. O coquetel tem por objetivo o tratamento da Covid-19 em adultos e crianças acima dos 12 anos de idade, que pesem no mínimo 40 kg e que não necessitem de suplementação de oxigênio.
A Anvisa destacou que os benefícios conhecidos do medicamento superam os riscos potenciais analisados e atendem a critérios mínimos de qualidade, segurança e eficácia para ser autorizado e permitido o uso emergencial no Brasil. Os dados apresentados pela farmacêutica Roche “dão suporte ao uso emergencial do produto e não se vislumbram um risco à saúde relacionado aos dados faltantes no momento”, diz a Anvisa
Embora tenha se mostrado confiante em relação à eficácia do medicamento, Mendes admitiu que “a questão do preço do acesso é um desafio a ser superado”. Segundo o gerente da Anvisa, o custo do coquetel pode ser um possível impedimento para o uso amplo do coquetel no Brasil.
“O preço não é regulado pela Anvisa, a câmara de Medicamentos é que define. A questão do preço do acesso é um desafio a ser superado”, afirmou.
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