Vacinação da gripe ainda traz mitos para a população

Publicado às 9h30

Por Cristina Braga

É durante o inverno que as campanhas para imunização contra o vírus da gripe se ampliam no país. E não é para menos. Com o tempo frio e seco, as pessoas tendem a manter os ambientes mais fechados, o que aumenta o risco de infecção. Porém, ainda há muita resistência à vacina, e o que contribui para isso são as notícias falsas que impactam a saúde pública. Ela é constante alvo de boatos, amplamente divulgados
em sites e redes sociais. Ainda hoje, muita gente acredita que a vacinação possa trazer reações adversas, mas, segundo Wagner Fracini, da Supervisão de Saúde de Pirituba, Jaraguá e Taipas, “ela é segura e está disponível para toda a população”. Além disso, ele ressalta que “o vírus da gripe é sazonal, e as condições de transmissão merecem mais atenção”.

Com o avanço do vírus H1N1, o número de mortes por gripe neste ano, só no Brasil, quase triplicou em relação ao mesmo período do ano passado. São 839 vítimas, de acordo com dados do Ministério da Saúde, contabilizados até 14 de julho. O H1N1 é mais agressivo, e o H3N2 atinge mais os idosos.

A vacina protege contra três subtipos de gripe: H1N1, H3N2 e Infl uenza B. Além dos grupos prioritários, a Secretaria Municipal da Saúde decidiu ampliar a imunização para dois novos grupos: crianças de cinco a nove anos de idade e adultos de 50 a 59 anos.

Em agosto, será a vez do sarampo

A partir do dia 6, começará a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, que tem como alvo crianças de um a cinco anos. A mobilização nacional será realizada no dia 18 (sábado). Já a cobertura da vacina da febre amarela, na região de Pirituba, Jaraguá e Taipas, teve um “índice muito satisfatório graças ao esforço conjunto, tanto que não houve óbito no território”, destaca Fracini.

Reestruturação das AMAs

O Supervisor de Saúde revelou, ainda, o motivo da AMA Maria Domitila, em Pirituba, ter sido escolhida como a primeira na região a receber a reestruturação no atendimento ao munícipe. “Pretendemos trocar o sistema atual, baseado no imediatismo da queixa, por um processo contínuo, em um nível de atenção maior e diagnóstico preciso.” Assista a entrevista completa em nosso Facebook e no YouTube.