COTIDIANO

Berrini e Marquês de S. Vicente estreiam na folia com clima de balada

Novas passarelas atraem público variado. Festa tem reclamação de poucos banheiros e muito lixo

Publicado às 9h40

Folha de SP

“Acabei de ouvir que vai ter bloco na Berrini. Quem quer fazer carnaval de crachá?”, brincou um rapaz nas redes sociais. “Vai ter fila pra jogar confete, trânsito de trio elétrico”, completou, se referindo ao grande número de escritórios na região.

A estreia da Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini no carnaval de rua paulistano mudou a paisagem típica da via da zona sul. Com seus prédios corporativos de vidro e ruas geralmente repletas de carros, o local ficou tomado de foliões no 1.º dia da programação oficial da cidade.

Na via dos escritórios, eram poucas as fantasias e adereços brilhantes – ficou limitado a poucos acessórios e placas com ‘cantadas’. Embalados por axé baiano e funk carioca (com os blocos da banda Eva e o da Favorita), o clima era de balada a céu aberto. Além da rua, bares do entorno também estavam cheios – um deles lotou, com uma apresentação de samba.

Hotéis próximos, como o Hilton Morumbi, fizeram promoções para atrair participantes da festa atrás de conforto antes e após os blocos. O Estado viu movimento de foliões em hotéis de menor porte no Brooklyn, que escaparam da disputa por aplicativos de transporte na região.

Sobre a infraestrutura – assim como em Pinheiros, na zona oeste -, as maiores queixas foram sobre o excesso de lixo nas ruas e a falta de banheiros químicos. A Prefeitura admitiu haver 300 sanitários móveis a menos do que havia previsto (mais informações nesta página).

“Pra ser sincera, viemos neste (Bloco da Favorita) porque tem mais gente bonita”, contou a advogada Nathalia Rossi, de 27 anos. “Gosto muito do pré e do pós-carnaval”, disse ela.

A via deve receber mais quatro desfiles, incluindo “carnaval eletrônico” do DJ Dre Guazzelli no dia 4. Segundo ele, há potencial para acolher todos os ritmos. “Vamos ter releituras de Tim Maia, Jorge Ben, para trazer esse clima de carnaval também.” Haverá espaço ainda para opções de menor porte, como o Chucrute Zaidan, que estima atrair até 5 mil foliões.

‘Rave’ de fevereiro

Um público jovem, dos 15 aos 25 anos, compareceu em peso neste sábado à tarde na Marquês de São Vicente, zona oeste, outra novidade no carnaval paulistano. Apesar de fechada da Avenida Dr. Abraão Ribeiro À Praça Luis Carlos Mesquita, o público ocupou só as duas vias de um quarteirão. Nas vias de acesso, havia revista de bolsas e mochilas, com restrição a vasilhames de vidro.

E nada de samba ou marchinhas. “Viemos porque é um trio de música eletrônica, que adoramos”, disse a estudante de Economia Nicole Massola, de Osasco, Grande São Paulo, que aprovou a versão “rave” da folia. “Espero ver mais trios como este no carnaval”, completou ela, que foi à festa com um colega.

Menos sorte teve a enfermeira Débora de Oliveira que saiu de Embu das Artes, também na região metropolitana. “O que é isso? Quero carnaval de verdade, Claudia Leite, axé. Vamos embora para a Faria Lima”, reclamou ela, neste sábado à tarde.

Foram mais de cem blocos pela cidade e os tradicionais eixos da festa também atraíram foliões. No Parque do Ibirapuera, zona sul, um público variado – que incluía idosos e casais com filhos pequenos – foi ver de perto os cantores Elba Ramalho e Alceu Valença. “Não deixa nada a dever (para Recife e Olinda). Lógico que lá é diferente, mas São Paulo aprendeu a curtir”, garantiu a contadora Mary Brombay, de 54 anos. “Só faltou a praia”, completou a aposentada Joseleide Silva, de 53 anos.

Já em Pinheiros, zona oeste blocos cariocas, como o Bangalafumenga e o Sargento Pimenta, fizeram a alegria dos paulistanos. “É a minha primeira vez e estou curtindo. Vim com as amigas”, disse Sandra Higa, de 50 anos. Estava vestida de Jenifer, tema da música que fez sucesso neste verão e uma das principais fantasias do carnaval.

Rio

 Sob sol forte e calor, cerca de 140 mil foliões brincaram em 59 blocos pelas ruas cariocas neste sábado, segundo a prefeitura. O principal desfile, do tradicional Simpatia é Quase Amor, arrastou uma multidão pela orla de Ipanema, na zona sul. Já o bloco Céu da Terra trouxe mensagens de protesto e homenagens à vereadora assassinada Marielle Franco.

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