COTIDIANO

Duas bases do Samu na Marginal Tietê são fechadas após reestruturação da Prefeitura de SP

Profissionais dizem que mudança afeta velocidade no atendimento às vítimas de acidentes de trânsito

Publicado às 9h30

G1 São Paulo

A reestruturação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) feita pela Prefeitura de São Paulo fechou duas bases que prestavam socorro em acidentes na Marginal Tietê. Elas faziam parte do programa “Marginal Segura”, criado em janeiro de 2017 para agilizar o atendimento às vítimas do trânsito.

O programa começou quando o então prefeito João Doria (PSDB), que tinha acabado de assumir a gestão, subiu o limite de velocidade das marginais Pinheiros e Tietê.

Prevendo uma possível escalada no número de acidentes, a prefeitura decidiu que quatro bases do Samu começariam a atender exclusivamente ocorrências das duas marginais. Além disso, ambulâncias fariam rondas para agir mais rápido no caso de acidentes.

Uma das bases que atendiam só ocorrências da marginal Tietê ficava na Avenida Marquês de São Vicente, em um ponto com acesso fácil às pontes Júlio de Mesquita Neto e da Freguesia do Ó. A segunda, do outro lado do rio, ficava próxima à ponte da Casa Verde. No meio do ano passado, o programa perdeu força, e as duas passaram a atender qualquer chamado. Agora, no fim de março, as duas foram fechadas.

A decisão de fechar essas e mais 29 bases em terrenos alugados faz parte do processo de descentralização do Samu. A ideia é abrir novas bases menores em hospitais, UBS’s e subprefeituras, por exemplo.

Um funcionário que não quis se identificar e que trabalhou no “Marginal Segura” diz que o fim do programa e o fechamento das bases já têm feito com que o atendimento aos acidentes das marginais demore mais.

“Eu acredito que vão se comprometer vidas. A Marginal Tietê, com o aumento da velocidade, todos os estudos mostravam que ia haver aumento nos acidentes. E agora com o distanciamento das bases, o tempo de resposta para esses atendimentos vai aumentar significativamente”, afirma.

Já na Marginal Pinheiros, as bases da Cidade Universitária e da ponte Ary Torres continuam abertas, mas, assim como as da Tietê, atendem qualquer ocorrência, e não apenas de acidentes na marginal. A reclamação é que a base da USP é longe do acesso à Marginal Pinheiros.

Por padrões internacionais, uma ambulância deve demorar no máximo doze minutos para chegar ao socorro quando a vítima corre risco de morrer. Hoje, a média em São Paulo para o atendimento de casos graves é de 22 minutos.

Em nota, a prefeitura disse que o aumento dos acidentes com mortes nas marginais foi por causa de imprudência e não têm relação com as velocidades das vias. A CET disse que faz diversas ações para coibir acidentes nas marginais. Sobre as bases do Samu que foram fechadas, não houve resposta dos órgãos até o fechamento desta reportagem.

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