COTIDIANO

Moradores da periferia de SP têm 3 vezes mais risco de morrer de Covid-19 do que pessoas que vivem em bairros mais ricos

Publicado em 22/04/2021 às 11h10

Por Redação/G1

Moradores da periferia da cidade de São Paulo têm em média três vezes mais chance de morrer de Covid-19 do que pessoas que vivem nos bairros ricos do município, segundo levantamento feito pela produção da TV Globo.

O cálculo foi feito com base nas mortes por grupo de cada 100 mil habitantes da capital e mostra que em São Miguel Paulista, na Zona Leste, as mortes por 100 mil habitantes chegaram a 128 óbitos em março. O distrito lidera as mortes proporcionais na cidade, seguido por Cidade Tirantes, Ponte Rasa e Jardim Iguatemi, onde a taxa de morte por 100 mil chegou a 125 óbitos.

Em Moema, na Zona Sul, as mortes por Covid-19 por 100 mil habitantes chegaram a 27 óbitos, enquanto no Jardim Paulista, também na Zona Sul, o total está em 30 óbitos, enquanto no Jaguaré e Perdizes esse valor é de 31 óbitos.

A taxa usada para comparar o risco de morrer em cada distrito é chamada de “taxa ajustada” ou “padronizada”. Ela é mais indicada para esse tipo de análise porque cada município tem uma quantidade de habitantes diferentes, e o peso de cada faixa etária de cada distrito também é diferente. Considerando que o risco de morrer por Covid-19 é mais alto entre os idosos, o cálculo da mortalidade por 100 mil habitantes é feito para cada faixa etária em cada distrito.

Então, essas taxas são submetidas a um cálculo populacional padrão (nesse caso, a população brasileira em cada faixa etária, segundo o IBGE). Isso serve para “neutralizar” o perfil etário dos distritos e permitir, assim, uma comparação mais realista do risco de morrer relativo nas diversas regiões da capital.

Segundo especialistas, o que pode explicar esses números é a dificuldade de manter o distanciamento social em alguns bairros. Quanto mais pobre é a região, mais gente vive num mesmo lugar e menos estrutura essas pessoas têm pra ficar em casa.

Outro fator é a falta de fiscalização e de orientação por parte do poder público. É só andar pelas ruas de alguns distritos da capital, pra ver que algumas pessoas não entenderam a importância de se cuidar.

Zona Leste lidera risco de morte

Apesar do leve recuo da ocupação de leitos hospitalares por Covid-19 nos últimos dias, o estado de São Paulo ainda registra um número alto de novos casos da doença. A média na última semana foi de mais de 14 mil novos infectados por dia. Na capital paulista, são pelo menos mil novos registros diárias da doença.

Desde o início do ano, a Zona Leste é a que registrou, até o dia 15 deste mês de abril, o maior número de mortes por 100 mil habitantes na capital e também de casos. Quem mora na região tem o risco de morrer com o novo coronavírus é mais do que o triplo de outros bairros, mais próximos do Centro. Embora São Miguel lidere o ranking da cidade e da região, isso não significa que os moradores de bairros mais centrais também não corram risco.

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