COTIDIANO

Passageiros usam a internet para fiscalizar transporte

Páginas tocadas por colaboradores nas redes são mais eficientes que de empresas

Publicado às 10h20

Jornal Agora

Usuários do transporte público na capital e na Grande São Paulo, insatisfeitos com a distância de comunicação entre os órgãos oficiais e a população têm se dedicado a divulgar em tempo real informações sobre o funcionamento de metrô, trens e ônibus, por meio de redes colaborativas na internet.

No Twitter, perfis como Diário da CPTM, Mobilidade Sampa e CPTM Noticiando têm milhares de seguidores que participam ativamente na alimentação das redes, com fotos, vídeos e atualizações sobre problemas. Algumas dessas páginas são referências. No Twitter, o Diário da CPTM, por exemplo, tem 171 mil seguidores.

Atualmente, a conta do Facebook do Diário da CPTM já supera a da companhia estatal em número de curtidas  – 258 mil contra 181 mil na página da empresa. O fotógrafo e estudante de jornalismo William Moreira, 28 anos, é um dos administradores do Diário da CPTM. Ele diz que enquanto a companhia se limita a anunciar as falhas na rede, sua página dá detalhes do impacto nas linhas e no cotidiano de quem depende dos trens. “A gente fala onde tem atraso, o quanto o usuário tem que esperar, estado de lotação das estações.”

 Filtro

O enfermeiro Igor Roberto da Silva, 24 anos, entrou para o Twitter em 2012, quando ainda era adolescente. Na época, as companhias responsáveis pelo transporte público ainda não tinham perfis oficiais nas redes sociais, mas os usuários já compartilhavam atualizações utilizando hashtags como #CPTM e #MetroSP.

Isso possibilitava a circulação das informações, mas de uma forma ainda muito pulverizada.

Silva criou o perfil CPTM Noticiando naquele ano, para servir como filtro. “Eu mudei de região naquela época [trocou a zona leste pela sul], e passei a conhecer as dificuldades do sistema, sobretudo em relação a comunicação”, diz.

Passados sete anos, o CPTM Noticiando tem atualmente mais de 13 mil seguidores e também informa sobre ônibus e metrô. A rede conta com três amigos, e 257 colaboradores assíduos.

De olho

O alcance e representatividade das redes colaborativas são reconhecidos pelos órgãos oficiais. A CPTM, por exemplo, realiza reuniões regulares com os representantes, e a SPTrans afirma manter contato frequente com esses perfis para a divulgação de informações.

Faltava informação durante a greve

O Mobilidade Sampa, site colaborativo de notícias sobre o transporte público da capital, cresceu principalmente quando os órgãos oficiais falharam em atender às demandas da população durante a greve dos metroviários de 2014.

O criador de sites Eduardo da Silva, 36 anos, afirma que na época sentia dificuldade para encontrar informações precisas na internet sobre a greve. “As notícias eram difundidas de maneira muito confusa e faltava informação para o dia a dia dos usuários”, afirma.

A partir daí ele ele passou a usar a sua conta pessoal no Twitter para informar sobre os efeitos da greve para quem precisava do metrô. E criou o Mobilidade Sampa, que ganhou grande visibilidade com o evento – hoje, a conta possui mais de 16 mil seguidores.

Um ano antes da greve, Silva morava em Curitiba, onde trabalhava no canal 156 da cidade. “Com isso, comecei a ter noção das demandas da população em relação aos serviços públicos”, conta.
Atualmente mesmo depois de os órgãos responsáveis aderirem às redes sociais, os sites como de Silva e perfis colaborativos se mantêm relevantes graças à proximidade com o usuário.

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