COTIDIANO

SP tem a menor taxa de homicídios do Brasil e redução de 46% nos assassinatos, diz Atlas da Violência

Estudo aponta diversos fatores para queda: política de desarmamento, monopólio de facção em algumas comunidades, melhorias no mercado de trabalho, entre outras

Publicado às 10h15

G1

São Paulo tem a menor taxa de homicídios por 100 mil habitantes, 10,9, segundo o Atlas da Violência 2018, divulgado nesta terça-feira (5). O estado também teve a maior redução da taxa de 2006 a 2016, queda de 46,7% nos assassinatos.

O Atlas da violência foi elaborado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com dados do Ministério da Saúde.

No Brasil, a taxa chegou a 30 assassinatos para cada 100 mil habitantes, em 2016. Com 62.517 homicídios, a taxa foi a 30,3, que corresponde a 30 vezes a da Europa. Antes de 2016, a maior taxa havia sido registrada em 2014, com 29,8 por 100 mil habitantes.

Em 2006, 8.377 pessoas foram mortas em São Paulo, ano dos Crimes de Maio, e em 2016, 4870.

Atlas da Violência
Atlas da violência no Brasil/Foto: Reprodução/G1

Segundo o estudo, São Paulo segue em uma trajetória “consistente de diminuição de taxas de homicídios iniciada em 2000”, mas as razões para queda ainda não são inteiramente compreendidas pela academia.

Fatores abordados no estudo:

  • Políticas sobre o controle das armas de fogo
  • Melhorias no sistema de informações criminais e na organização policial
  • Fator demográfico, com a diminuição acentuada na proporção de jovens na população
  • Melhorias no mercado de trabalho
  • Hipótese do monopólio do PCC, quando o tribunal da facção criminosa passa a controlar o uso da violência letal, o que teria diminuído homicídios em algumas comunidades.

Para Samira Bueno, diretora do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o controle de armas em São Paulo foi priorizado mesmo antes do estatuto do desarmamento.

“Também há outros fatores, como as prisões de homicidas contumazes; diminuição da proporção de jovens da população, ou seja, há também uma influência demográfica; avanços nas políticas de segurança, fruto da criação de sistemas de informação para as polícias, integração das áreas da PM e da Polícia Civil, isso é muito significativo no início dos anos 2000, e é um processo iniciado ainda no final dos anos 90”, diz

“O fator mais polêmico é a influência da ação do PCC, que passa a regular conflitos nas periferias das cidades, que apesar de não ser majoritária, tem impacto”, completa.

Atlas da Violência: policiamento e tecnologia

Para a Secretaria da Segurança Pública, por meio de sua assessoria de imprensa, entre os motivos da redução de homicídios estão o reforço do efetivo policial, investimento em tecnologia e a retirada de armas de circulação.

“A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informa que vem atuando ao longo dos anos incessantemente no combate aos crimes no Estado de São Paulo. Diversas políticas públicas de segurança vêm sendo implementadas para que São Paulo apresentasse a menor taxa de homicídios da história no país, com 7,54 casos para cada 100 mil habitantes em 2017, e fizesse com que os crimes contra o patrimônio também apresentassem redução.

Uma destas medidas foi o reforço policial. Entre 2011 e 2017 foram contratados 32.410 novos policiais entre Civis, Militares e Científicos. Além disso, também neste período foram adquiridas 15.800 viaturas, um investimento de R$ 874,2 milhões.

Ao que se refere à tecnologia, o destaque fica por conta do Detecta, sistema de monitoramento inteligente e o maior big data da América Latina, que integra bancos de dados das polícias paulistas. Outro fator que ajudou na redução dos índices foram as operações realizadas para retirada de armas de fogo das ruas. De 2011 até abril de 2018 foram apreendidas 129.478 armas e realizadas 1.231.377 prisões em São Paulo”, diz nota.

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