EDUCAÇÃO

Sebrae abre escola de empreendedorismo na capital

Aulas da nova instituição vão começar em agosto; governo federal quer estimular competências ligadas ao tema em todas as áreas de ensino

Publicado às 8h50

Estadão

O foco em desenvolver habilidades relacionadas ao empreendedorismo tem influenciado a grade curricular de novos cursos de Administração no País. O Ministério da Educação (MEC) estuda formas de incentivar a competência nas várias etapas de ensino.

Essa será a preocupação central na Escola Superior de Empreendedorismo (ESE), administrada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). As aulas na instituição começam em agosto, após um processo seletivo no mês que vem.

Protagonismo

A aposta é nas chamadas metodologias ativas de ensino, que estimulam exercícios práticos e simulação de situações reais, em vez de aulas expositivas com o professor no centro das atenções. O objetivo é encorajar o protagonismo estudantil, segundo Juliana Schneider, gerente da Unidade de Cultura Empreendedora do Sebrae em São Paulo, responsável pela ESE. Estágios e visitas a locais de trabalho também são experiências valorizadas.

“O empreendedorismo sempre foi tratado nos curso de Administração, sempre foi abordado, mas era algo mais pontual”, afirma Juliana, para quem os cursos de Administração tradicionalmente têm o ensino voltado para a formação de “executivos”, e não profissionais que estejam à frente do negócio. “Vamos estimular também que o aluno olhe para esse processo de formação, não necessariamente só para sair de lá e montar o próprio negócio, mas que possa se apropriar dessa formação e tenha esse olhar inovador onde quer que esteja.”

Cursos disponíveis

A ESE vai oferecer 50 vagas para o bacharelado em Administração para o próximo semestre. Há também dois cursos de MBA (Master in Business Administration) e dois de extensão, com 30 vagas cada. A maior parte dos professores da escola é consultora em empreendedorismo do Sebrae e migrou para a carreira acadêmica, segundo o órgão. O curso é resultado de um planejamento pedagógico que durou cinco anos.

Para a gerente responsável pela escola, a configuração da grade curricular é também fruto de sinalizações do governo de que o empreendedorismo deve ser estimulado no ensino superior. “O MEC tem incentivado o empreendedorismo e a inovação nas matrizes curriculares das instituições. Eles também perceberam essa mudança e, por isso que todos, de certa forma, têm buscado se ajustar. O mundo é outro”, afirma Juliana. Ministério. Ao Estado, o secretário de Educação Superior do MEC, Paulo Barone, afirma que o governo tem estudado maneiras de estimular competências ligadas ao empreendedorismo em todas as áreas de ensino. O tema pode se transformar em parte de uma “diretriz transversal” para o ensino superior.

Empreendedorismo

Na semana passada, de acordo com Barone, o MEC iniciou um diálogo com o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação e com a Associação Nacional dos Parques Tecnológicos (Anprotec) para discutir políticas nesse sentido. Uma das estratégias estudadas pelo secretário é “provocar o Conselho Nacional de Educação a emitir uma recomendação, que pode dirigir-se a todas as escolas”.

“Não é a ideia exigir disciplinas nem criar programas obrigatórios, porque tudo isso transforma a questão em uma artificialidade”, afirma Barone. Para ele, ainda é necessário mobilizar segmentos acadêmicos em torno da questão.

Barone ressalta que o tema não deve ficar restrito a cursos da área de Administração e educação executiva. “É uma característica pessoal que deve ser desenvolvida de maneira a enfrentar os desafios do mundo contemporâneo”, defende o secretário. “Tem a ver com tudo, alcança muitas outras áreas.”

 

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