REGIONAL

Acidentes de trânsito caem 38% por ano onde foram implantadas ciclovias na Zona Oeste de SP

Em relatórios, CET conclui que a segurança no trânsito aumentou para todos os modais nos trechos onde foi implantada a malha cicloviária

Publicado às 9h25

G1 São Paulo

A quantidade de acidentes de trânsito, envolvendo todos os modais, caiu 38% em média, por ano, nos trechos da Zona Oeste da cidade de São Pauloonde foram implantadas ciclofaixas e ciclovias, de acordo estudos divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).

A região Oeste da capital, administrada pelas subprefeituras da Lapa, Pinheiros e Butantã, possui um total de 64 ciclofaixas e ciclovias. Antes da implantação da estrutura, realizada entre 2011 e 2016, esses trechos apresentaram uma média anual de 607 acidentes por ano, envolvendo bicicletas, motos, carros, ônibus e caminhões.

Após a construção da malha, a média anual de acidentes caiu para 378, uma redução de 38%. Conforme a equipe técnica da CET explica nos relatórios, a segurança no trânsito aumentou para todos que circulavam nesses trechos devido a implantação de ciclofaixas e ciclovias.

“Tal fato deve-se possivelmente à alteração de desenho viário proporcionada pela infraestrutura cicloviária, assim como à redução de velocidade nas referidas vias”, explicaram os técnicos nos estudos, acrescentando que “a implantação de estruturas cicloviárias tem potencial de propiciar a redução de acidentes não só de bicicletas como de outros modais”.

Para chegar a essa conclusão, a CET trabalhou com um banco de dados de acidentes registrados em boletins de ocorrência e considerou exclusivamente os trechos hoje ocupados por ciclofaixas e ciclovias. O recorte no tempo foi o período entre janeiro de 2009 e julho de 2017, antes e depois da implantação da malha cicloviária, de onde se tirou médias de acidentes por ano.

Pela indisponibilidade de dados de todas as 32 subprefeituras, o G1 considerou a Zona Oeste da capital, a única que possui os dados completos das subprefeituras de Pinheiros, Lapa e Butantã, aquela com a malha mais movimentada e a segunda maior do município, depois do Centro.

Panorama na Zona Oeste

Na Subprefeitura de Pinheiros, os dados mostram que os 13 locais onde foram implantadas as ciclovias tinham uma média de 190 acidentes por ano até a inauguração das infraestruturas estruturas. Com as 13 ciclovias, a média caiu para 108, uma redução de 43% nos registros de acidentes com bicicletas, motos, carros, ônibus e caminhões.

Nos 26 trechos da Lapa onde foram implantadas ciclofaixas e ciclovias, a média era de 202 acidentes por ano; depois das ciclovias, a média de acidentes caiu para 126 acidentes, uma redução de 38% no registro de boletins de ocorrência nos trechos.

O panorama é o mesmo no Butantã. A média de acidentes nos 25 endereços escolhidos para implantação da malha cicloviária era de 214 ao ano. Com a infraestrutura instalada, os acidentes caíram para 143 ao ano, redução de 33%.

Em resumo, dos 64 trechos com ciclofaixas e ciclovias da Zona Oeste, 53 apresentaram redução da média anual de acidentes após a implantação da infraestrutura cicloviária, ou seja, uma queda de acidentes em 83% da malha implantada.

“A partir de 2015, a Prefeitura reduziu e padronizou a velocidade de todas as vias arteriais da capital, exceto das marginais. Esse é o começo de tudo, o que ajuda a explicar essa redução de acidentes”, afirma Flávio Soares, um dos coordenadores da Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade).

Ele explica que, a partir da redução, outras medidas complementares para a garantia da segurança viária foram adotadas, entre elas, a implantação das ciclovias. De acordo com Soares, os dados mostram que os resultados têm vindo.

“Acontece que quando uma ciclovia é implantada, geralmente acontece uma intervenção na via. A bicicleta é um modal de baixa velocidade, com média de 10 ou 12 km/h, e isso obriga a um tratamento viário, abrindo espaço, mexendo com o posicionamento dos veículos, acalmando o tráfego. É uma reação em cadeia, que traz segurança para todos os modais”, completa Flávio Soares, da Ciclocidade.

A Prefeitura de São Paulo não aumenta a malha cicloviária da cidade desde 2016. Incluindo ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, ela se mantém com 498 km.

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